sexta-feira, 26 de novembro de 2010

" Rebolar sem jeito "

A noite passada foi terrível . É raro ir dormir como se não fosse dormir .Geralmente caio num estrado e perco a noção de que tenho mãos e pés .
A verdade é que o Monte velho estava saboroso e o serão com amigas a gravar vozes de papões comunicantes acabou por me levitar para a cama às 3.30 como se tivesse a andar de carossel .E andei , os forros do carossel eram um bocado desconfortáveis , gente de laços desprendidos , meninos a lambusarem pacotes de algodão de casa de banho ,sem ponta de sabor doce, na limpeza das feridas de fricção das diversões .Empurrões e guinchos calados a uma estranha passividade . As mesmas desilusões , rotinas e pressões socias .Um sonho esquisito desorganizado de mais para a facilidade que nos subverte hoje . Mães tristes na reviravolta de carinhos de choque sobre projectos desleixados a certos sectores .
O impasse é este , a superfície da vida está igual, contudo aceita esmolas de caras rasgadas , disfuncionamentos de oportunidade , valorizações extremas e pungentes do belo e esconderijos de aceitação a sintomas físicos degradantes .O ser humano continua a aceitar o desperdício , o vício e a guerra insane entre dois seres que sabem que se adoram e que por mais que lhes custe, têm à frente o barulho da distância ou das consequências .
Nunca fui orgulhosa neste tipo de coisas e sei que o orgulho quando assola alguém não é mais do que um desejo reprimido ou a carne de um mal que não está esquecido à exibição .
Conheço pessoas que por uma mensagem abandonada ou um café esventrado perderam o amor das suas vidas .E porquê ? Porque o orgulho também mata todo e qualquer ego que se acha impune. E depois é vê-los murchar como flores de jardim inventados em mil maneiras de conquista ...em vão diga-se !

Sem comentários:

Enviar um comentário