quinta-feira, 25 de novembro de 2010

" Nariz de cão e cú de gente ..."

Nariz de cão e cú de gente nunca está quente , diz a minha avó e tem razão.
Um dia ainda queria ter um rabo com uma temperatura decente para deixar de me sentir um améster .
O meu propósito de ter o rabo escaldado é que de água fria não tenho medo .Nem decência pelos vistos .Ainda me agarrei umas horas aos guardanapos do jantar para ver se secava as lágrimas do prato mas mesmo assim ... o pisa-sofás permanece igual .
O lado bom desta coisa é que geralmente só tenho as mãos e os pés frios ,logo dá para fazer voz esganiçada e pedir um estrangulamento de mãos a quem de direito interessar o convénio.
E como a questão tem pegado como se vendesse sardinhas ,não ando muito preocupada com a massa de fazer pão. Juro que também me era embaraçador às rosetas da cara dizer " não me queres aquecer os glúteos ?" além de ser uma expressão nada pró desportiva , transformaria como o Valter diz , o amor numa puta . E estou certa que o amor andaria intimidado pelo menos durante um mês , em qualquer praceta.O amor a esconder-se atrás das árvores de toda a retórica , deveria ser engraçado .No outro dia alguém me disse : " és um furacão " , cena completamente de retórica , ao que eu respondi , cheiras a cotonete ... partiu-se a rir e pumbas em 3 minutos ... levo com o fácil ... " Amo-te " por mensagem .Foi tão fofinho que acabámos a noite a comer sugos , a contar os fantasmas no escuro e essa pessoa a fumar caixas assustadoras a dizerem que não sei quê Fumar mata .Claro que me passo com fumo de sardinhas a toda a hora e antes ter o rabo quente que isso a entrar-me pelo nariz de cão . Não é que me comiche mas deixa-me nervosa uma pessoa estar em pânico para qualquer coisa e necessitar , feito capitalista de matar esse desejo de consumo , antes de tornar o amor uma coisa bonita ao invés de uma puta fácil .

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