terça-feira, 13 de novembro de 2012

"Verdade de Eros "

A Pessoa ao predominar naquilo que aprendeu a ser consegue admirar uma flor e demorar-se nela não só pela sua beleza mas também por estupidez .Tudo o que é mitificado belo , também arrepia para pior por vezes . Agora a essência do que embeleza , essa nunca cansa uma alma sensível.
Numa sociedade em que não se aguentam certas regras de convívio para a defesa de causas ,que deveriam preocupar todos, no que ao conceito de estética nos limpam , só nos resta manipular a beleza de certas bestas que destoam . Gostava de ser do tempo em que quanto mais exteriorizados fossem os interiores , maior a desautorização. Melhor a possibilidade de Amar qualquer coisa com a caderneta limpa.Tudo o que nasce cansado é velho e pretende dinamitar a panóplia do triunfo .Cheira-me a fraqueza assentar num pacto que se dá ao término , porque o mundo gira revolto. As pessoas parece que perdem o significado das pessoas , das palavras , dos achegos , por dá cá famigera razão. E depois o devaneio final surge quando descobrem que afinal não havia razão , mas escassez de interioridade .Cada vez me estranha mais a verdadeira idade da interioridade e de um futuro .Um dia escrevo um livro sobre ardores por esta falha de valor .A haver  um bem , que me caía mal dizê-lo à fronha de alguém   , para que sobeje em mim toda a  falta de resignação. Estar quieta interessa aos outros , à selva , ao garfo ,  ao protocolo e ao diabo que os carregue , a eles aos que pela levezae preguiça se influenciam e deixam de saber viver .A mim interessa-me esgotar a beleza de alguns momentos , espreguiçar-me nela e esticar para lá do possível. . Não se queixem , tristes amantes do feio. É para engolirem .   

Sem comentários:

Enviar um comentário