quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

" Sentimento trágico da vida "

Ando à voz da entoação crise . Aquela palavra que eu traduziria em Capacidade de Renovar e Inovar Sem Entraves .É deplorável,queixoso e só com uma revolução é que se açoitava o regime, mas como diz o sociólogo Villaverde Cabral a berrarria não é maior porque os papás estão a aguentar a vivência actual e... tem razão.Não é o fim do Mundo , mas é o fim de Portugal . Pouca gente percebeu que a ganância , a inveja , o chico-espertismo, a corrupção e a desresponsabilização social devoram qualquer País que há uns anos desembainhou espadas e pareceu homérico.Portugal tem das histórias menos trágicas que conheço , entre países Europeus .Um abano de terra em Lisboa e a tendência de que este País tem sorte , está protegido , provavelmente como defesa contra o facto de sentirmos fragilidades no confronto com os outros. Somos macambúzios só porque em tempos não houve liberdade nas palavras , depois veio a época das palavras perigosas e culminámos com a propensão da postura sem palavras , do deixar guardado aquilo que se pensa , porque não vá o comportamento do outro em relação a mim , fazer-me judeus mortos a boiar na cabeça.E assistimos a reacções ora demasiado coléricas ora com a passividade nos bolsos das calças, ceroulas que em tempos custaram suores, mortes e direitos a tanta gente .Estávamos habituados a ser os autores da crise e não as vítimas , hoje é ao contrário. Os protagonistas são de fora e estamos dependentes de ricochetes .Ricochetes americanizados pela burrice da têve , pelo consumo , pela pretensão enfastidiosa e repulsiva , pela ausência de valores e pela luta desenfreada que a América domina e subordina . E para estes filhos da puta(como dizia o meu avozinho) que nos governam : o problema de Portugal não é a produção , mas a forma como escravizam habilitações altamente qualificadas de jovens , como retiram as rotas nacionais do pescado , como degolam a agricultura , como desprezam o vinho o azeite, a arte e a cultura , em resumo toda a indústria rica que continuamos a ter e que pelos vistos querem destruir , para consumarem um modelo à muito pensado reservado apenas à prestação de serviços .Querem melhor forma de dar de mamar a meias dúzia de famílias detentoras do poder em Portugal ????????Quem pactua com isto é cabrão .Como nunca fui atrás nem de açucar de supermercado nem de massas ,tenho a minha consciência estruturada pela exclusividade do que me cabe a mim pensar . Amén !

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