segunda-feira, 22 de outubro de 2012

" Para encerrar o assunto de vez I. "

Imoral é colocares-te para além do bem e do mal , num lugar cujo nome ignoras ,até que venha uma força superior , dar-te a aparência que tens de fazer qualquer coisa para te distinguires do comportamento que tens vindo a adoptar e te tornares , feliz.
Uma análise simples e de arredor , leva a combater a magia que por nós seduziu.
Temos a pessoa " A" que esteve de amores pela pessoa " B " . A  "B" tinha alguém e fez questão de brandar que era o amor da sua vida .
A  " A " respeitou a decisão , concedendo sinceridade aos elogios que lhe tinham sido dados via sms pela pessoa " B" e por vontade se calhar atípica relativamente à média emocional , decidiu com toda a legitimidade ser feliz e sossegar-se para outros lados , porque a pessoa " B " , pelos vistos já estava de alçada segura. Esta situação é normal e nada tirana.
Agora o que se torna beberagem amarga é a pessoa " B " supostamente agora livre , dizer que pagou pompas fúnebres para não mais dar hipótese de diálogo à pessoa " A " .Portanto a pessoa " A" não é a vítima de um amor não correspondido , mas a detestável  , SÓ  , porque quis restabelecer a paz . Coisa nebulosa , para os dias que se apresentam diga-se . Portanto consta que o único juíz desembargador desta situação , é capaz de ser o destino . Só ele conseguirá cavalgar para lá daquilo que foi acidental (destruir o que ainda estava vivo ) ou consolidar o que efectivamente ficou aqui representado .
Da minha parte e como advogada da pessoa "A " refiro que a minha cliente seguirá por outros sonhos. Sei do lado arrogante nos outros que ela detesta e respeito que ela se mantenha na mais convincente fórmula , que não é a de pedir novamente recurso , mas a de evocar que desistiu do processo porque descobriu este verso do Jorge de Sena e ficou desfeita em contentamentos :

" Mas não será retorno .O que ficou jamais dirá que tornarei a ser :
pois se me enchi de instantes e de acasos , não deixai senão ,
quanto não morre ,
ainda que a Vida se recuse a tanto "

Jorge de Sena , poema de 1944

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