sexta-feira, 7 de maio de 2010

" E agora?"

Estas palavras são do José Cardoso Pires(in livro " E agora , José" ) :

" Lá vai o Português , lá anda , dobrado ao peso da História , carregando-a de facto , e que remédio - índias , naufrágios , cruzes de padrão (as mais pesadas ) .
Labuta a côdea de sol-a-sol e já nem sabe se sonha ou se recorda .
Mal nasce deixa de ser criança fica logo com oito séculos "

" E agora Diana? " (dito por mim )

" será tempo de andar no desvario a brincar às tragédias Gregas ? no amargo da candeia Nacional de fome gritante , genuflectidos à demanda de porcos corruptos sem alma , fugidos da saudade de ferro e justiça , imortalizados Portugueses na farra , chazadas de lata e penico , chufas de marmelada que os cús de escape suavizam-se com a epopeia da bola .
Não aflige o tamanho da severidade das diligências obscuras , compoe-se uma rima de elogios fisgados e meia dúzia passeia a dizer que os cravos trouxeram as pazes e a liberdade .Qual liberdade ? A de exclamar , apertando o cinto até à comida da tartaruga , cega , sozinha e sem juízo .
Num espaço tão decrépito e vil, que restringe a coexistencia de ideias e valores , que rica " Academia de pessoas que por ai andam , dadas ao talento , suor e ao primor de louvar frenesins erguidos com circunstância e apreço por qualquer ser ético , mas sem pompa para foguetes.Porque nunca houve dinheiro para os que fazem de palhaços mas à esbanjamento a mais em palhaçadas , intriga-me isto e não posso pactuar com janelas de cortinas transparentes sem medo dos ecos.
Cada vez mais me sinto longe do País que devo mencionar no b.i e quando me perguntam a nacionalidade eu respondo " a da destreza " porque é uma tristeza de fado assinar-me portuguesa .


Aos cabrões que lhes doa de sorte os colhões !

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