quarta-feira, 24 de março de 2010

" TRAIÇÃO " (tentativa repulsa autêntica imposta caminhos amplos olhos)

Ninguém escreve sobre as ladainhas que lhe reclamam.Este ninguém sou eu o bico da minha caneta e o botãozinho off que a emudece . Tudo o resto está sujeito a pressões esquisitas .Que fique escrito com alguma mania económica , que não sou nenhum nariz aberlocado de uma proa .Posso ser tudo menos " coninha de sabão "e para fingir que o sou não sendo , porque a asneira é violenta,amo de coração ser isenta de influências .
Hoje acordei "shoninhas " , acabei por ser tolerante e arremessar as reflexões que me mendigaram , com um jeitinho tosco , contraído , cheiinhos de tiques medonhos , que eu num berro de azeitoneira transmontana deixasse de ser coninha de sabonete , quando o finjo ser com um sarcasmo que me rói os ossos .
Pediram-me para cavar a traição sem complicações e à la modo escola primária .Disparo-a sem sofrimento , não a vou classificar de emocional ou amistosa , prefiro purgá-la como poética , tingida de um orgulho triste nas cuecas , liquefeita por um ser chupado de ódio nas gengivas e uma azeda fome de suspiros que lhe cresceram em silêncio , dentro do horrorosamente só , intermitente no ouvido ,com ligeiros inchaços de alma que desabam numa sombra de trémulos pesares .
O traidor /a anda concerteza a ganir por um encosto social , uma cura de ferro , uma névoa de luxo , uma constância vibrátil ora nas maminhas ora nos testículos , um único corpo pensado integro que transparece a perfeição ao longo do dia .
Existem também aqueles que lapidam a traição com uma fisga , porque gostam de sonos mais difíceis , fixam-se na abundância e imaginam-na sempre magra.Então pulam a segurar o resto dos outros confundidos com o erguer do aliciamento , muito diferente do que se encontra junto à vontade . Quando caem neles acabam todos à mesa , com acessos de ternura nas códeas do pão a impingirem a carne nua ou mal passada para o prato do outro .
A questão é que há sempre pessoas que acabam a refeição mais cedo e que preferem apenas amanteigar-se de pães sem códea.


Para o Zé da Piça (foi ele que me pediu tal texto) para que deixe o " tudo o que vê " cobiça.
Abracinho irmão da tasca n-º 2 da avenida e força na vareta :P todas elas ha-dem ,( como ele diz )... amá-lo .

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