Como dizia e bem o Pedro Mexia na crónica do expresso ,certos comportamentos sociais com base em inclinações , sugestões , alusões , coisas não - ditas , não - formuladas , nalguns casos inconscientes podem-se dizer como pertencentes a uma grelha aplicável a quaisquer interacções , ou ao uso da linguagem em geral .Com efeito há quase um século que suspeitamos da linguagem mas não suspeitamos suficientemente da amizade , seja ela para o lado positivo ou negativo. E é essa resistência que tem interesse investigar .
Relativamente à interacção que me toca quando falo de " amizade " nunca melindro sobre nenhum aspecto, porque como ele diz , talvez dê também mais importância ao léxico e à exposição pública. Dá-me alguma abrangência no que toca à individualidade de cada um perceber a continuidade da polivalência , até ao dia em que surge inevitávelmente como que um " teste" , meio pré-requisito em que , cuja nota da pessoa em avaliação seja um excelente.Apartir desse momento faço uma selecção correctiva ,em conformidade com a estima/valorização que a pessoa em questão exibiu .Até hoje não me tenho dado nada mal com esta dinâmica , apesar de obviamente já ter conhecido um ou outro/a tolo/a que serviram para desenvolver a minha voz interior e a capacidade de eles expandirem os chamados "monólogos invísiveis " .Considero , que tenho 10 pessoas de muita qualidade comigo , talvez 15 e uma estimada amizade meio encalhada, porque essa pessoa sequer se presta a uma conversa desinibida e pessoal. Da minha parte vejo essa amizade carregada de não- acontecimento ,cheia de coisas subentendidas, pois , não posso inclinar-me para outra coisa , a menos que a pessoa se entregue e resista , para bem daquilo a que se pode chamar de " Amizade positiva que perdura " .O resto talvez tenha a ver com linguagem a menos e sentimento a mais , mas isso nem vou sugerir que me passe pela cabeça , só para não alimentra , terceiras conversas .
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