quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

" Gemidos Desarmantes "

( uma voz baixa de corno que se exalta numa parece ) Zézinho , alerta o passo para perceberes o ritmo que a vida te levou. Ajusta-te aos cativeiros que não desejas ver .Voltas-te a levantar do estrado , antes do relógio


( porco imundo )


enquanto as fronhas estiverem mudas e idiotas e retomo as grossseiras maneiras das servas de bacio no colo que fincam na mesa bamba o baton promíscuo dos restaurantes enquanto alguém lhes segura as manchas de matrimónio no cotovelo


( a ironia a grunhir arrepios )


-Ou escureces o que tens a mais ou corrompemos , dizia ela


-Não tens dinheiro para a revestires de vocações migratórias , a atiçar um berro de pele azeda


( ele a pensar no pobre abastado de nada, avisceral que enamora )


revestido de pêlos ciclicos no queixo , a reter especimes iguais a ele num rés-do-chão velho , espezinhado, como se explorasse a paixão do que é a sacanice cambulhada .


-Ou a mexes da vida fora ou não caibo nos instantes lixados na carne .


( meteu-se num tecido negro , que se usa para pedir recato aos demais da arena pública e disse :


-Estou de luto


e realmente não entrou em desatinos com quem ele sentia , com olhares persecutórios de raíz ... pela primeira vez , sentiu que tinha acordado tarde , talvez depois do relógio lhe dizer num sussurro :


Estúpido !


Se apanhei a rajada ? Neste momento já colho outros frutos e flores .Devagar que eu tenho pressa :P

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