sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

" Circunda-me "

É tão devagar , como se entrasse numa igreja fria a sentir o cheiro das sebes de eucalipto que enlouquecem com espaço . As tuas sílabas mergulhadas numa súbita profundidade , retardada ontem pelos escombros da televisão .Saltavas do pó , como da desilusão

-Não te respondo

( parece que ninguém tem culpa , que mania )

(a implosão da curva dos meus olhos )

de repente o padre manda-me sair da igreja com a meditação a dois terços .Vês como é obstinado roubar-te a qualquer sentimento que parece aguardente sem morada ??Rezar clandestinamente torna o Pai Tirano uma incógnita a rondar a face do adeus improvável .
A vida é um instante dilatado à medida do que nele se desconhece , portanto se és um corvo submetido à atmosfera , não procures todas as estações .
Já me enojam gestos de sombra e antes preferir uma lata vazia que emaranhados de nylon .
Cega , sou violenta como a própria coerência .Sulco a claridade , já te disse .

Nisto retorno ao ir e só regresso se vir a moldura sem vincos ... a acabar por me fazer sentir letal .



não é para ninguém , pstt tirem a mão , para quem foi, já agarrou e como diz que tem baú vitalicio espero realmente que guarde este grão de areia . Um encosto de mãos só !

2 comentários:

  1. Dizem os árabes: "A simplicidade é um tesouro infinito. Se não podes ter o que queres, aprecia o que tens."

    Agora menos profundo, tenho a marca de uma unha cravada na palma da mão e stress para dar e vender. Pois.

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  2. Às vezes ninguém nos obriga a gostar do que temos. Geralmente a maior apreciação ao nível de intensidade é feita sobre aquilo que nos falta, isto é usual no ser humano . E os toques desencontrados ,também só estão bem onde não se veêm. Quanto ao stress, linha azul para esses males e porta aberta p dissipar energias desde as unhas aos anexos cutâneos .

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