segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

" Encosta-te a ti "

A cabeça na eira postiça , a enervar , a enervar-se , dois dedos de maciez branca , o reposteiro da gestação a atiçar marcas de queimadura , a enervar-me , a dor e o passado colados aos papelinhos , sentados , a tossir nas ramificações de botão desculpado e aceso , apetecia-me pegar na caneta e mordiscar


-Tens camionetas sem posto de abastecimento , nessa estrada do interior


a altivez , sacudir o resultado da força de pneus furados à distância , uma magreza embrulhada nos quadris , numa mantinha de pacote roubado à serenidade do que se armazena a refilar


(enerva-te )



às ondas , receios de elástico frágil , que se torce e regressa a pé , manipulado por cristais metidos no ouvido enervado .Chifres , ossos e cabelos a levitarem entre prateleiras rarefeitas de espaço a catalogarem que


(os búfalos primeiro )


acabam a boiar sozinhos , num arrozal de cadáveres indignados , pelo vazio vindo daquele prenúncio de vento , sem partículas


um beijo aos meus amigos :P

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