Passeava num jardim com uma colina ao largo , à alçada de um bando de bexigosos empoleirados em chinelos e bocas de rua , sujos , danados de vício , pratas a voarem na calçada vazia entre a cerveja ressequida e malcheirosa e o meu descabelar russo , residual , sabido de velhaquez , perante aquilo que não seguro para mim .
A Brasileira em solas de lã , depenicada na fussa , nódulos de acne , que fritavam no azul da tarde , sorriso desfalecido num eterno esgar de paciência ou talvez num raio de comoção tola que aproximava alegremente o assaltado desdém
( olha-me a fúria pelas costas )
os ténis a reluzirem as maravilhas de obrigação , andar perro , a pressa irritadiça para entrar ao serviço num dia aparentemente retardado por
(eu espreitei-a antes da fúria a assombrar , em meandros esfarelados de dó e simpatia )
( não viu a minha bisbilhotice )
- Vai ver o cú do Judas
meses que espaireciam uns sapatinhos novos , algures num dia inscrito na oportunidade de respirações brutas e rotas da labuta , a atrairem uma botique acima da média .
(ela solta na paz que Deus quer )
Abre o sorrisinho dos sapatos camursa , a estreia numa collant de vidro a compor os desacatos interiores e complexados que a enojavam quando nada tinha
( a cabeça pesava-me, a sua altivez à superfície não me tinha conformado com ideias)
(desejei-lhe azar , entre terços rezados do avesso para ver se invertiam os prenúncios da fidelidade das portas acastanhadas do céu)
os pés embonecados a fazer figura
(apercebi-me)
a esperteza a sair das bolsas que guardamos para o silêncio:
-Parece-me que não existem peitorais fortes , fitados por alguém que acredita não se notarem as alianças falseadas .
(pedregolhos interiores )
( ela nem ai nem ui )
(olha soltou-se de vez )
a fúria nas costas
( espreitei a derrocada antes de disparos alternados das bochechas , em meandros esfarelados de dó e simpatia )
parada na bisbilhotice e
( o Judas a ver-lhe o cú )
voltei a rezar o terço , agora da forma como deve ser , à espera que ela percebesse que os destroços eram interiores
( não feri ninguém )
e que o pensamento é o receptáculo que o futuro extingue
( a raiva a sair pelo nariz , a zona individual de funcionamento alérgico )
- Vá para casa ó chata miserável
reparei quando se virou ,que as bocas feitas terço de camursa ,não extinguem mas metem em vias de desilusão .
Um beijo a todos e bem - vindos á inauguração , que algum aperitivo vos tire a fome :P
Eu quero um quindim para sobremesa, já sabes.
ResponderEliminarAgora tens de ensinar O António a consultar a internet; é uma boa forma de o manteres actualizado. Senão, olha, mantém as idas aos Filetes com Arroz.
Cumprimentos literários.